Quando estamos idealizando ou desenvolvendo um produto, é comum projetar nossas próprias ideias e preferências no planejamento e design da aplicação. Porém, como todo bom UX Designer sabe, o produto não é feito para a equipe de desenvolvimento, e sim para o usuário. Entender o usuário é fundamental para guiar qualquer processo de criação, e não adianta manter esse entendimento apenas dentro dos limites da equipe de Design. É importante comunicá-lo para que todas as pessoas envolvidas também criem empatia com o usuário, e mantenham suas necessidades em mente durante o trabalho. 

E é aqui que entram os Mapas de Empatia. Apesar de não ser a única ferramenta disponível para auxiliar no entendimento de usuários, essa técnica traz vantagens como a simplicidade, fácil compreensão e adaptabilidade. O Mapa de Empatia nada mais é do que um quadro dividido em blocos que te instiga a pensar no seu usuário sob uma perspectiva externa (o que ele faz, ouve, fala e vê) e interna (o que ele pensa e sente). Ele pode ser feito em uma simples folha de papel ou em um quadro branco cheio de post-its para times maiores. E se você trabalha remotamente, existem templates gratuitos disponíveis online, onde você pode colaborar com sua equipe em tempo real usando post-its digitais. 

Depois de pronto, o mapa se torna uma referência de fácil acesso para qualquer um que queira um entendimento melhor do usuário. Ou seja, ele não é apenas uma ferramenta para construção do entendimento sobre seu público, mas também uma maneira eficaz de comunicar essa visão para outras pessoas do time ou stakeholders, e aumentar a sua identificação com o usuário. 

Se você está querendo compreender melhor seus usuários, confira aqui algumas dicas para fazer bons Mapas de Empatia:

1. Tenha foco.

Evite se ater a detalhes que não são importantes no contexto do seu produto. Por vezes, é comum se perder descrevendo todos os detalhes de comportamentos do seu usuário, mas isso não trará informações relevantes para o tipo de tomada de decisão que precisa acontecer no desenvolvimento de um produto. Foque em entender como o contexto do usuário se relaciona com o contexto de uso do seu produto e corte informações não relacionadas. 

2. Apoie-se nos dados.

Apesar de ser possível fazer mapas a partir de conhecimento interno da equipe, os melhores são sempre aqueles baseados em pesquisas. Reúna todo tipo de dados disponíveis, seja de pesquisas qualitativas ou quantitativas, opiniões de especialistas, pesquisas de mercado, etc.

3. Não guarde o mapa na gaveta.

Lembre-se que o Mapa de Empatia não é apenas um instrumento valioso durante o processo de entendimento do usuário, mas também uma forma eficaz de comunicar o perfil do público para outras pessoas trabalhando no mesmo produto. Deixe o mapa em um local que todos possam acessar com facilidade para aumentar cada vez mais o foco no usuário e a empatia.

4. Mude e adapte.

Outra grande vantagem do Mapa de Empatia é a sua adaptabilidade. Geralmente, começamos com um entendimento superficial do usuário, e com o tempo conseguimos nos aprofundar mais e captar aquilo que não era tão óbvio. Sempre que você tiver novas informações, acrescente-as no seu mapa e veja como ela se relaciona com todo o resto que está expresso ali. Faça dessa reflexão um hábito.

5. Não faça sozinho.

Quando fazemos uma pesquisa sozinhos, é normal que parte das nossas próprias visões estejam presentes nos resultados. Envolver outras pessoas na criação do Mapa de Empatia permite que cada um contribua com sua perspectiva e o resultado final seja mais rico. 

Entender seu usuário é uma etapa fundamental para evitar que sua equipe de desenvolvimento fique míope, e comece a desenvolver um produto para agradar suas próprias preferências, ao invés de atender às reais necessidades do público-alvo. Experimente criar seus Mapas de Empatia seguindo essas dicas e veja como isso pode ajudar a dar mais foco ao seu negócio.